A Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH lançou hoje o relatório Situação dos Direitos Humanos no Brasil.
A publicação é um incômodo diagnóstico de que as violações de Direitos Humanos são constantes, mesmo em tempos de maior abertura democrática. Vale ressaltar que a visita feita pela Comissão ao Brasil que gerou o relatório lançado hoje, foi realizada em novembro de 2018, durante o processo eleitoral, entre o 1º e 2º turnos do pleito presidencial. Já naquela época, a Comissão pode perceber o aumento dos crimes de ódio, a perseguição a defensores e defensoras de Direitos Humanos, retração do espaço de liberdade de expressão dentre tantas violações identificadas como históricas no contexto brasileiro.
A CIDH aponta como grupo especialmente vulnerável as mulheres negras. É importante lembrar que à época da visita ainda não vivíamos a pandemia do novo coronavírus, que aprofundou ainda mais os índices de desigualdade, confirmando a vulnerabilidade de mulheres, negros, pobres, indígenas, comunidades tradicionais.
Recebemos o relatório com muita responsabilidade para atuarmos fortemente no sentido de reverter os retrocessos apontados. Analisamos as recomendações da CIDH com generosidade e ressaltamos que o sofrimento humano do brasileiro não nos é invisível.